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sábado, 10 de outubro de 2009

SANTOS DO MÊS DE OUTUBRO

São Lucas, evangelista e patrono dos pintores e médicos, ele é o autor do terceiro livro dos evangelhos que tem o seu nome e do Atos dos Apóstolos.
Um médico, São Lucas é tido como sendo um grego da Antiópia (moderna Turquia). Que era medico é confirmado por uma passagem em Colossians (4:14) na qual São Paulo descreve Lucas como "amado medico". Um convertido na nova fé, ele acompanhou São Paulo na sua segunda jornada missionária em torno dos anos 51 DC e permaneceu 6 anos em Philippi, na Grécia e foi na terceira jornada com Paulo, que incluiu o famoso naufrágio as costas de Malta. Ele permaneceu com Paulo durante sua prisão.Paulo escreveu três vezes sobre Lucas no Novo Testamento: em Colosians, em Timoteo e em Philomon. É possível deduzir a presença de Lucas com Paulo nas jornada missionarias pelas varias passagens no "Atos dos Apóstolos" (16:10-17; 20:5-21:18; 27:1-28:16). Em 66 DC, Lucas voltou para a Grécia onde se acredita que veio a falecer com a idade de 84 anos "repleto do Espirito Santo". Vários "Atos" relatam que foi martirizado, embora vários escolares acreditam que isto seriam lendas não confiáveis. Ele é tido como tendo visitado a Virgem Maria e se acredita que ele teria pintado vários quadros da Virgem Maria em especial o lindo quadro conhecido como o de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Seu trabalho estaria preservado em Roma na "Santa Maria Magiore", embora as datas das pinturas seriam bem depois dos tempos apostólicos. O seu evangelho definidamente foi escrito para os gentios.
Um dos aspectos mais interessantes de Lucas é que freqüentemente fazia a justaposição de um história de um homem com a de uma mulher. Por exemplo, a cura dos demoníaco (Lu 4:31-37) e seguida da cura da sogra de Pedro (4:39-39) , o escravo do centurião é curado(7:1-11) e o filho da vviuva de Nain é curado, o Geranese demoníaco é curado (8:26-39) seguido pela cura da filha de Jairus e da mulher com hemorragia (8:40-56).
Lucas também menciona as mulheres que assistiam Jesus no seu ministério (8:1-3) Assim diferente de todos os outros evangelistas São Lucas descreve um Jesus que se preocupa com o cuidado e a salvação das mulheres. Talvez por isso, provavelmente Lucas teria aprendido muito a respeito de Jesus com a Virgem Maria. Somente ele e Mateus descrevem elementos obscuros ou escondidos da vida privada de Jesus, antes de Seu ministério público.
Ainda, ao mencionar a sogra de Pedro, ele deixa claro e de maneira natural que Pedro era casado.Lucas enfatiza a misericórdia e o amor de Deus para com a humanidade. Ele é o único que descreve a parábola da ovelha desgarrada, do Bom Samaritano, do filho pródigo, de Dives e Lázaro. Ele é também o único que descreve o perdão de Jesus a Maria Madalena (Luc7:47), a promessa ao bom ladrão e sua oração para seus executores. Ele é também o único evangelista a registrar a "Ave Maria", o "Magnificat", o "Benedictus", e o "Nunc Dimittis" que são todos usados na Liturgia das Horas(orações da noite, tarde e manhã).Lucas enfatiza o chamado para a oração, a pobreza, a pureza de coração, o quais teriam um apelo especifico aos gentios.
Lucas também escreveu os "Atos dos Apóstolos" que é também conhecido com "Atos do Espirito Santo". É uma continuação do que conta em seu evangelho, embora os Atos talvez tenham sido escritos primeiro. De acordo com os escolares São Euzébio e São Jerônimo, os Atos foram escritos durante a prisão de São Paulo, embora Santo Irineu já pense que foram escritos após a morte de São Paulo, lá pelos anos 66 DC . Euzébio diz que o evangelho foi escrito antes da morte de Paulo, Jerônimo diz que foi depois e a tradição antiga diz que foi escrito pouco antes da morte de Lucas, quase no século segundo.O evangelho teria sido escritos entre 70 e 85 DC, possivelmente na Grécia .Os atos do apóstolos detalham a igreja nos tempos de 35 a 63 DC, demonstrando um estilo de prosa soberbo, e um estilo de quem presenciou a fé.
Certas passagens dos Atos escrito na primeira pessoa do plural, são usualmente usadas para indicar que o escritor estava com São Paulo em parte da sua segunda jornada missionária e sem dúvida na viagem que ambos fizeram a Itália e estavam juntos quando o navio naufragou ao largo da costa de Malta (Acts 16:10ff:20:5ff 27-28). São Paulo diz nas suas cartas quando preso: "Lucas é a minha única companhia". Durante o martírio de Paulo, Lucas nunca saiu do seu lado.Lucas sem dúvida conversava muito com a mãe de Jesus e com São João.
As suas relíquias foram trasladadas para Constantinopla e Pádua.
De acordo com a Igreja Católica Ortodoxa Grega, São Lucas sempre andava com uma pintura de Nossa Senhora com ele, e ela foi o instrumento de varias conversões. Na verdade ele foi um grande artista e grande escritor, e suas narrativas inspiraram grandes escritores e grandes mestres da arte, mas as pinturas existente da Virgem, as quais é dito que ele teria pintado, são trabalhos de datas bem mais recentes. Não obstante alguns julgam que a pintura de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro teria sido pintada por ele.
Pinturas excepcionais de S.Lucas são as de Roger van Weyden na Pinacoteca de Munique, na Alemanha, a de Jean Grossaert em Praga e a de Rafael na Academia de São Lucas em Roma.
Na arte litúrgica da igreja ele é mostrado com um machado e as vezes mostrado pintando o retrato da Virgem Maria.


Sua ligação com Jesus. São Judas Tadeu, nascido em Caná de Galiléia, na Palestina, era filho de Alfeu (ou Cleofas) e Maria Cleofas. O pai, Alfeu, era irmão de São José e a mãe, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe.
Um de seus irmãos, Tiago, também foi chamado por Jesus para ser apóstolo. Era chamado de Tiago Menor para diferenciar do outro apóstolo Tiago que, por ser mais velho que o primeiro, era chamado de Maior.
Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. O relacionamento da família de Judas Tadeu com o próprio Jesus Cristo, pelo que se consegue perceber na Bíblia é o seguinte: Alfeu (Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima .
Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José, apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago Maior e João evangelista.
É de se supor que houve muita convivência de Judas Tadeu com o primo e os tios. Essa fraterna convivência, além do parentesco, pode ter levado são Marcos a citar Judas e os irmãos como irmãos de Jesus (Mc 6,3).

Citações na Bíblia
A Bíblia trata pouco de Judas Tadeu. Mas, aponta o importante: Judas Tadeu foi escolhido a dedo, por Jesus, para apóstolo. Quando os evangelhos nomeiam os doze escolhidos, consta sempre Judas ou Tadeu entre a relação. O livro dos Atos dos Apóstolos também se refere a ele (At 1,13). Além dessas vezes em que Judas Tadeu aparece entre os colegas do colégio apostólico, apenas uma vez é citado especialmente nas Escrituras. Foi no episódio da santa Ceia, na quinta-feira santa, narrado por seu sobrinho João evangelista (Jo 14,22). Nesta oportunidade, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as maravilhas do amor do Pai e lhes garantia especial manifestação de si próprio, Judas Tadeu não se conteve e perguntou: "Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?" Jesus lhe respondeu afirmando que teriam manifestação dele todos os que guardassem sua palavra e permaneces- sem fiéis a seu amor. Sem dúvida, nesse fato, Judas Tadeu demonstra sua generosa compaixão por todos os homens, para que se salvem todos. A fidelidade, coragem e perseverança dos Doze Grandes Homens do Evangelho, contribuíram para que o nome de Jesus viesse ser o mais admirado, citado e respeitado dos nomes.

A vida de São Judas Tadeu
Depois que os Apóstolos receberam o Espírito Santo, no Cenáculo em Jerusalém, iniciaram a construção da Igreja de DEUS, com a evangelização dos povos. São Judas iniciou sua pregação na Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas. Tomou parte no primeiro Concílio de Jerusalém, realizado no Ano 50. A seguir, foi evangelizar a Síria, Armênia e Mesopotâmia (atual Pérsia), onde ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão, o "zelote", que evangelizava o Egito.
A pregação e o testemunho de São Judas Tadeu, foi realizado de modo enérgico e vigoroso, que atraiu e cativou os pagãos e povos de outras religiões que se converteram ao cristianismo. Ele mostrou que sua adesão a CRISTO era completa e incondicional, testemunhando sua fé com doação da própria vida.
São Jerônimo nos assegura que o Apóstolo pregou e evangelizou Edessa, bem como em toda Mesopotâmia (Pérsia).
No ano 70, foi martirizado de modo cruel, violento e desumano; morrendo a golpes de machado, desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusar a prestar culto à deusa Diana.
Devido ao seu martírio, São Judas Tadeu é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio.
Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de 70.

Curiosidades acerca de São Judas Tadeu
Santa Gertrudes e São Bernardo de Claraval entre muitos outros Santos, também foram fervorosos cultivadores do culto a SÃO JUDAS TADEU. Santa Gertrudes escrevendo sua biografia, conta que JESUS lhe apareceu aconselhando invocar São Judas Tadeu, até nos "casos mais desesperados". A partir de então, cresceu a fé do povo na especial intercessão do Santo, principalmente nos "casos impossíveis".
Certa vez, Santa Brígida estava orando, quando teve uma visão de Jesus. Este lhe disse:
Invocai com grande confiança ao meu apóstolo Judas Tadeu. prometo socorrer a todos quantos por seu intermedio a mim recorrerem.
Conforme conta o historiador Eusébio, Judas Tadeu teria sido o esposo nas núpcias de Caná (bodas de Caná), isso explicaria a presença de Maria e de Jesus.
Devido à notoriedade de Tiago na Igreja primitiva, Judas Tadeu era sempre lembrado como o irmão de Tiago
No texto grego São JUDAS é chamado LEBEU que significa: "LEB" - CORDATO, BONDOSO, OU CORAJOSO. TADEU porém, vem da palavra siríaca "THAD" que quer dizer: MISERICORDIOSO, BENIGNO.
nome de São JUDAS foi muitas vezes substituído pelo de TADEU, por causa do nome de Judas Iscariotes, o traidor. Os próprios Evangelistas como São João, ao se referirem a São JUDAS TADEU, Apóstolo, diziam: JUDAS, não o Iscariotes ou o traidor.
Apóstolo cujo nome lembra o "traidor" de JESUS, Judas Iscariotes, teve sua devoção esquecida durante muitos séculos. Mas a Providência Divina se manifestou no momento oportuno, para exaltar as suas qualidades e notável humildade, transformando-o no querido e poderoso Santo intercessor das "causas impossíveis", que consegue junto ao CRIADOR as graças necessárias, em benefício de todos aqueles que buscam e procuram o seu inestimável auxílio.
Simão é, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, na Bíblia inclusive recebeu apelidos para ser diferenciado de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, "o cananeu", pelos apóstolos Mateus (10, 4) e Marcos (3,18). Alguns estudiosos cristãos entendem que este "cananeu" pode ser uma referencia à Canaã, a terra de Israel. Mas quando Lucas no seu evangelho o chama de "o zelote" (Lc 6, 15) parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê, Jesus queria mesmo um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época. Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o evangelho sem nada levar consigo. Operou muitos milagres, curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos maus. Conta uma antiga tradição que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e desde então viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do império persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado "Atos de Simão e Judas", de autor desconhecido. Nele consta que no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras. Outras fontes falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa. Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107 durante o governo do imperador Trajano, tinha então cento e vinte anos de idade.

São Pedro, é considerado o principal discípulo de Jesus Cristo, apóstolo, e missionário da primitiva Igreja cristã. Seu nome verdadeiro era Simão e, segundo a tradição, foi o primeiro bispo de Roma, onde morreu martirizado.
As fontes de informação sobre São Pedro encontram-se nas epístolas de São Paulo, escritas entre os anos 50 e 60; nos quatro evangelhos canônicos, nos Atos dos Apóstolos — escritos entre o ano 65 e fim do século I —, nas epístolas canônicas das quais foi autor mas escritas, provavelmente, por outra pessoa, no século II.
Pedro, cujo nome era Simão, era natural de Betsaida, povoado na Galiléia, localiazado às margens do lago de Genesaré, também conhecido como mar de Tiberíades. Era filho de Jonas e pescador de profissão. Tinha, juntamente com seu irmão André e com Tiago e João, filho de Zebedeu, uma pequena frota de barcos pesqueiros.
Junto com seu irmão André, e outros companheiros, desenvolve seu trabalho levando o produto da pesca pelas cidades e povoados das margens do grande lago. Tendo se casado fixa residência em Cafarnaum, um dos mais importantes portos do litoral.
Simão leva uma vida comum de pescador onde se habitua nas expedições de pesca as belezas e aos pavores da natureza, as redes cheias e as redes vazias, a camaradagem e as disputas entre os companheiros. Além das dificuldades para buscar o sustento dos seus, Simão e os companheiros também carregavam o jugo do império romano, e da cúpula judia que cobravam ciosamente seus impostos. O sonho de dias melhores e de uma vida mais justa e feliz para todos enchia os pensamentos e as conversas daqueles homens do mar.
É neste cenário que surge falando ao povo que se reúne nas praias um rabi chamado Jesus vindo do interior da Galiléia do povoado de Nazaré. Simão acompanha as pregações de Jesus junto ao ancoradouro, ele escuta Jesus, mas são ainda apenas palavras para ele.
Então chega sua hora. Simão é surpreendido por Jesus, que vem a ele e lhe descobre algo de sua superioridade extraordinária e excepcional. O anúncio que ouvira do rabi sobre a proximidade do Reino de Deus adquire vida aos seus olhos. Ele reconhece a sua indignidade e o seu pecado.
Simão era de temperamento autoritário, impulsivo, sempre entusiasmado embora às vezes desanimasse com facilidade. Mas era também franco, bondoso e extremamente generoso. E Jesus, que era um exímio "conhecedor" de homens, após olhar longamente para ele diz: "a partir de hoje você vai se chamar Pedro". Mudar o nome para outro mais significativo era freqüentemente mudar de orientação e de modo de viver. E foi assim que Simão, o pescador da Galiléia, deixou para trás toda uma história de vida e iniciou outra vida e uma nova história: agora não mais como Simão, mas como Pedro, o pescador de homens.
Parece não haver uma característica tão propriamente humana, que atraia tanto a eleição divina como a humildade. Deus resiste aos soberbos, mas eleva os humildes.
Simão foi escolhido, e o Senhor Jesus lhe descobre sua vocação de solidez e firmeza pelo novo nome que o designa, Cefas, ou, em nossa língua, Pedro, indicando a rocha sobre a qual o homem prudente edifica sua casa.
São Pedro deixou tudo para seguir a este rabi da Galiléia por veredas ainda inexploradas da vida humana vendo e ouvindo o que muitos profetas e reis quiseram ver, mas não viram, e ouvir, mas não ouviram. Depois de três anos Pedro está em Jerusalém, em um monte na saída da cidade. Pendurado em um poste está o corpo do morto de Jesus de Nazaré. É justamente nesta hora de perda e solidão, que São Pedro enfrenta o grande teste de sua humildade. Ele deve se conformar à fraqueza, e manifesta isto na covardia de sua tríplice negação. Mais tarde, no mesmo mar daquele primeiro encontro, Jesus ressuscitado renova o chamado a Pedro e lhe pergunta por três vezes o seu amor.
Reconciliado e curado de suas feridas, Pedro retorna para Jerusalém onde, reunido com Santa Maria, a mãe do Filho de Deus, Jesus, com os apóstolos e algumas mulheres, instruído por nosso Senhor, espera o cumprimento das promessas com a descida do Espírito Santo. A partir de Pentecostes, Pedro encabeça o vigoroso movimento de evangelização que se verifica até hoje. A evangelização leva ao batismo e este à Igreja, à nossa Igreja que surge assim na história.
Um rude pescador iletrado contando históricas fantásticas não convence a ninguém muito menos ao ponto de assumir um compromisso de vida. O que torna o discurso convincente são os sinais de Poder que o acompanham. Sinais exteriores que nos surpreendem e nos faz reconhecer que estamos diante de algo realmente extraordinário e excepcional, nos faz parar e prestar atenção. Assim as palavras de Pedro, o príncipe dos apóstolos, são apenas a explicação de que os sinais ocorrem em virtude do Espírito Santo doado por aquele Jesus que haviam crucificado, mas que ressuscitara e tendo subido aos céus reina absoluto sobre toda a criação sentado a direita de Deus Pai. É maravilhoso ver como a ação de São Pedro vai fazendo a Igreja crescer ao redor do povo.
Por isso bastava que a sombra de Pedro passasse, para que os doentes fossem curados, e os espíritos malignos expulsos. São Pedro que tivera sua humildade lapidada, reconhece, e proclama sempre, que tudo é obra da graça divina e que só Jesus é o Senhor. Na medida em que a Igreja cresce começa a incomodar, os planos humanos, os quais se confrontam com o plano de Deus.
A cúpula dos judeus desencadeia perseguição aos seguidores de Jesus e proíbe que falem em seu nome. São Pedro tem agora a coragem de Cristo que lhe vem pelo Espírito Santo e longe de se intimidar mantém seu testemunho mesmo diante dos chefes ameaçadores. É cada vez mais um novo Pedro e dócil ao Espírito, abre as portas da Igreja aos não judeus, organiza a hierarquia para poder se dedicar a oração e a pregação, preside concílios onde se esclarecem dúvidas e se estabelecem doutrinas, e viaja em missões para confirmar os irmãos e propagar o Reino.
Acaba por se estabelecer em Roma, Babilônia como ele a chama, a capital do mundo maligno. De Roma São Pedro vai pregando na rede de comunidades, que apoiadas umas nas outras, vão tirando os homens do mar da morte para construírem a Igreja, a arca da nova aliança.
Na próspera cidade tipicamente grega de Tarso na costa mediterrânea na Ásia Menor vivia uma família de judeus, da tribo de Benjamim, observantes rigorosos da Tora, segundo a escola dos Fariseus. Seu filho Saulo educado nesta observância da Lei Mosaica é enviado ainda adolescente para estudar em Jerusalém de modo a obter pelo conhecimento da Mishná e do Talmude o grau de rabino, mestre da Lei, uma posição da maior honra e prestígio para os judeus. Em Jerusalém, ao mesmo tempo em que desfruta o privilégio de estudar na escola do raban Gamaliel, o mestre maior, Saulo, descobre alarmado o crescimento absurdo dos seguidores de Jesus, o rabi da Galiléia, morto, e condenado por blasfêmia. Jesus havia afirmado publicamente que os doutores da Lei não a seguiam corretamente e propusera que buscassem nele o caminho da salvação. Jesus condenara e se colocara como alternativa superior àqueles meios acadêmicos, que Saulo aprendera a venerar desde criança, e que estruturavam toda a vida dos judeus.
A guarda fiel da Tora, a vontade de Deus revelada e entregue ao povo eleito e que consistia na sua própria razão de ser, fora a mais cara ambição dos pais de Saulo, e ele havia herdado com todo ardor. De aluno brilhante Saulo se torna no braço dos fariseus contra os cristãos. Mas o zelo de Saulo é honesto, ele não procura defender interesses e posições pessoais, ele deseja ardentemente ser fiel ao Deus de seus pais e seu Deus. Apenas não conhecera ainda toda a verdade e isto só começará a acontecer depois de um encontro certo dia na estrada para Damasco. Como Pedro, Saulo é um escolhido de Deus, e Jesus se revela a ele com Poder para fazê-lo cair de sua posição. Ele quer se dedicar à defesa das coisas de Deus e assim será pois o que pede recebe, o que procura encontra e ao que bate se abre.
Depois de imensos trabalhos é em Roma que Saulo (Paulo em nosso idioma) deverá assim como Pedro dar o testemunho derradeiro de que se deve amar a Jesus Cristo mais que a própria vida. Sobre este testemunho de sangue destes dois príncipes dos apóstolos se ergue até hoje a Igreja de Roma. Olhando esta perspectiva de dois mil anos de história nos sentimos profundamente gratos por tudo que nosso Deus faz produzir das sementes que eles semearam.
É verdade que São Pedro publicamente renegou a Jesus por três vezes. Mas é verdade também, que por várias vezes publicamente professou sua fé. "Aonde iremos, senhor, se só tu tens palavras de vida eterna?" "Tu é o cristo, o Filho do Deus vivo". "Senhor, tu sabes que te amo".
Foi testemunha da gloriosa transfiguração do senhor, no monte Tabor; e foi ele que, em companhia de João foi encarregado de preparar o cenáculo, para a celebração da páscoa ou a última ceia.
Quando Jesus foi preso, apenas São Pedro, em companhia de São João, teve a coragem de segui-lo. Reconhecido, porém, como um dos discípulos, negou que conhecesse tal homem. Mas nem essa tríplice negação, chorada amargamente por ele, nem a dor e o arrependimento, traduzidos num copioso pranto, diminuíram sua confiança e seu amor ardente pelo mestre. Também o mestre não diminuiu sua ternura pelo discípulo que lhe era tão caro. Ao contrário, demonstrou-a claramente nas perguntas que lhe dirigiu junto ao mar de Tiberíades poucos dias antes de sua ascensão: "Pedro, tu me amas?". E após a resposta afirmativa, com estas palavras "Apascenta meus cordeiros", Jesus o confirmou no primado da igreja e lhe entregou todo o rebanho.
Depois de muitas labutas e sofrimentos, depois de entregar e empregar a vida em fazer o mundo conhecer e amar a Jesus cristo, depois de contribuir para estabelecer a igreja em todo o universo, Pedro viu finalmente chegar o seu fim na terra.
Corria o ano de 64 e ele se encontrava encarcerado. Tiraram-no do cárcere e o levaram para ser crucificado, mas ele conseguiu que os carrascos o pregassem na cruz de cabeça para baixo, porque não se achava digno de ser tratado como seu divino mestre.
A festa de São Pedro, juntamente com a de São Paulo, foi colocada no dia 29 de junho provavelmente para ocupar o lugar de uma antiga celebração pagã, que comemorava nesse dia a festa dos mitos Rômulo e Remo, considerados os pais da cidade de Roma.
ORAÇÃO
"Senhor nosso Deus, dai-nos profunda humildade e grande zelo por tua obra. Que o Espírito Paráclito que convence ao mundo sempre nos acompanhe com os sinais do seu Poder. Que a Igreja edificada sobre o testemunho dos apóstolos unida a Maria Santíssima e a todos os santos em Cristo Jesus possa em cada canto brilhar como um vigoroso e convincente chamado a conversão das trevas em luz... Que tua misericórdia nos permita saber encontrar, como Pedro e Paulo, os caminhos da verdade de Nosso Senhor Jesus, que quer todos os cristãos unidos no sinal da sua paz. Tudo te pedimos pelos méritos de teu Filho, diletíssimo nosso Senhor Jesus Cristo, confiantes no teu amor."

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